Nos últimos anos o jornalismo adotou a postura de noticiar a política como se fosse um esporte, ou entretenimento, mudando o foco de como a política afeta os cidadãos para como se dá a disputa entre os atores políticos. Já falei sobre como isso alimenta a antipolítica e é perigoso para uma democracia. Mas, parece que essa mudança não afetou apenas a mídia, mas as próprias instituições políticas, como partidos e movimentos sociais que, cada vez mais, pensam a política como resultado da ação de “grandes homens”, relegando o povo à posição de massa de manobra.
Categoria: Comunicação
Como fabricar um fascista (em nome de Deus)
Hoje os evangélicos descobriram que Bolsonaro frequenta lojas/templos da maçonaria. A pergunta que eu me faço é, como não descobriram isso quatro anos atrás, quando ele começou a campanha a presidente, e visitava a maçonaria semana sim, semana também? Gen. Mourão, vice de Bolsonaro, é maçom e se elegeu senador pelo RS com voto evangélico. […]
Bolsonaro e o Kitman
Na teologia muçulmana há um conceito interessante: o kitman. É a pessoa que defende um regime, mesmo tendo críticas a ele. Surgiu por conta de perseguições religiosas, da necessidade de manter a crença secreta, enquanto fingia outra. Em 1953, Czesław Miłosz se apropriou do termo para falar dos intelectuais poloneses que defendiam a dominação soviética […]
Política vs. Informação&Entretenimento
Em 2003 Humberto Guessinger e Paulinho Galvão escreveram “Fusão a frio”, avisando sobre as incertezas desse encontro entre informação e entretenimento. “Ninguém sabe como serão os filhos deste casamentoindústria da informação,indústria do entretenimentopromessas de fusão à frio, desvio de comportamento” Fusão a Frio, Humberto Guessinger e Paulinho Galvão em Dançando no Campo Minado, 2003. Talvez […]